Um pouco contraditório com tudo que já ouvimos do amor, não é? O amor é uma decisão…
Temos uma ideia definida baseada nos contos de fadas, os livros de romance, filmes melosos, somos influenciados desde antes de nascermos a respeito de como é o amor e talvez por isso acreditamos que não precisamos de nenhum conhecimento extra, apostamos que ele é uma habilidade nata, que todos nascemos preparados para amar, talvez essa seja uma verdade nascemos livres de qualquer tipo de “casca”, sem as dolorosas decepções amorosas que ferem os nossos corações.
Mas o problema é que não crescemos da mesma forma como nascemos, somos produto do meio, ou seja, influenciados ainda na nossa infância sobre como os relacionamentos devem funcionar e chegamos a fase adulta com a nossa própria receita de como as coisas devem ser, inclusive no amor.
A partir da relação cultivada com os nossos pais estabelecemos as diretrizes da imagem do amor, Freud.
Então a proposta é descontruir essas duas ideias, de que o amor é perfeito como nos filmes e que precisamos de alguém para suprir as nossas necessidades infantis que gritam na nossa vida adulta, como dizia Rumi:
“A tarefa não é buscar o amor, mas apenas procurar e desfazer todas as barreiras dentro de si mesmo que você construiu contra ele.”
Decidimos muitas vezes amar alguém por motivos e necessidades que o outro jamais poderá suprir e qualquer frustração que aconteça, corremos para os nossos amigos e falamos não era a pessoa certa, porque a gente sempre se coloca como se nós fossemos, e aí vai mais um golpe de sorte, não existe a pessoa certa o que existe é uma predisposição consciente.
Precisamos desmistificar que o ser amado vai compreender a gente com o olhar, que nunca irá nos ferir e que será alguém curado e evoluído. Isso dificilmente vai acontecer e para evitar frustrações o quanto mais cedo buscarmos consciência de quem somos, através de práticas de autoconhecimento abrimos nosso campo de visão para entender com empatia como o outro funciona.
Lacan dizia que “Amar é dá o que não se tem”, talvez seja o mais próximo do real, quando amamos com o coração aberto, somos atraídos a ser pessoas melhores o amor provoca mudanças positivas.
E se a criatura não estiver afim? Bola pra frente! Mas não resista ao que você sente, sinta! Não rejeite ou tente parar de pensar, observe, quanto mais resistimos mais cresce e não queremos prolongar algo que não tenha reciprocidade, mas podemos curtir e fortalecer esse sentimento nobre que nos faz querer ser pessoas melhores.
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- O amor é uma decisão… faz parte do primeiro conto do autor Jadson Campos.
- Matéria escrita por Jadson Campo.
Instagram: @jadsoncampos.
1 COMENTÁRIO
Que conteúdo rico😍 Cheguei agora, vim pelo Instagram da Carol e já estou apaixonada. Amei demais, uma belíssima leitura!