Conheça mais sobre a doença que atinge em média 13 milhões de Brasileiros: Diabetes Mellitus Tipo 1 e 2.
Diabetes Mellitus Tipo 1 e Tipo 2
Em primeiro lugar, a Diabetes Mellitus é uma doença definida pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, chamadas células beta. A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades.
Classificação do Diabetes :
Embora saibamos que existem diversas condições que podem levar ao Diabetes, a grande maioria dos casos está dividida em 2 grupos. O de Tipo 1 e Diabetes Tipo 2.
Diabetes Tipo 1:
É o resultado da destruição das células beta pancreáticas por um processo imunológico. Onde leva a deficiência de insulina. Nesse caso, podemos detectar em exames de sangue a presença desses anticorpos. Estão presentes em cerca de 85 a 90% dos casos no momento do diagnóstico da doença. Crianças e adultos jovens são os mais impactados, porém, pode aparecer em qualquer idade.
O quadro clínico mais característico são sintomas como: sede, muita vontade de urinar e fome excessivas. Além disso também pode acontecer emagrecimento, cansaço e fraqueza. O tratamento precisa ser feito rapidamente, ou seja, caso não aconteça podem evoluir para desidratação, sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e até mesmo o coma.
Diabetes Tipo 2:
Embora seja a forma mais comum da doença entre os diabéticos, precisa ter cuidados e atenção. A insulina é produzida, porém, sua ação é dificultada. Acontece o aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. A doença aparece de forma mais lenta, mas continua com os sintomas, como por exemplo: sede, da vontade de urinar, dores nas pernas e alterações visuais. Porém, podemos observar cada vez mais o desenvolvimento do quadro em jovens e até crianças.
O aumento no consumo de gorduras e carboidratos aliados à falta de atividade física são fatores importantes para a evolução da doença. Ainda assim, muitos pacientes não procuram um profissional e deixam de receber o diagnóstico precoce.
Outros tipos de Diabetes:
Ainda assim, existem outros tipos de diabetes que são bem mais raros e incluem defeitos genéticos da função celular e defeitos genéticos na ação da insulina, doenças do pâncreas, outras doenças endócrinas e uso de certos medicamentos.
Diabetes Mellitus na Gestação:
Atenção principalmente ao Diabetes Mellitus diagnosticado durante a gestação. A Diabetes Gestacional pode ser momentânea, mas precisa de cuidados e atenção. A doença acontece no último período da gravidez, na maioria das vezes.
Do mesmo modo, as gestantes que tiverem história prévia de diabetes gestacional, de perdas ou má formações fetais, hipertensão arterial, obesidade ou história familiar de Diabetes Mellitus não devem esperar o 3º trimestre para serem testadas.
Como saber se tenho Diabetes Mellitus ?
O diagnóstico laboratorial, bem como, deve ser feito de 3 formas. Contudo, são considerados positivos os que apresentarem os seguintes resultados:
1) glicemia de jejum: > 126 mg/dl (jejum de 8 horas)
2) glicemia casual (colhida em qualquer horário do dia, independente da última refeição realizada (> 200 mg/dl em paciente com sintomas característicos de diabetes.
3) glicemia > 200 mg/dl duas horas após sobrecarga oral de 75 gramas de glicose.
Então, o diagnóstico precoce do diabetes é importante não só para prevenção das complicações, mas também, para a prevenção de complicações crônicas.
A importância do acompanhamento médico:
Em contrapartida, o acompanhamento com o endocrinologista é importante para o paciente receber orientações sobre a doença e seu tratamento.
Só um especialista saberá indicar de forma correta:
1- a orientação nutricional adequada,
2- como evitar complicações,
3- usar insulina ou outros medicamentos,
4-jeito certo de usar os aparelhos que medem a glicose e as canetas de insulina,
5- fornecer orientações sobre atividade física,
6-passar orientações de como proceder em situações de hipo e de hiperglicemia.
Em suma, a diabetes não é um bicho de sete cabeças. O aprendizado é fundamental para o bom controle e também garantir autonomia e independência.
Nesse meio tempo, atividades são muito importantes na rotina, como por exemplo: viajar ou praticar esportes com muito mais segurança. A família possui papel importante no tratamento do paciente diabético. A mudança de hábitos e adaptação precisa ser conjunta.
Matéria escrita por: Dandara Lourrany, criadora de conteúdo digital no @dandara_lourrany
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