“A Comunicação Não Violenta conecta uma alma a outra, permite a cura e nos ajuda a expressar com toda a sinceridade o que está ou não em harmonia com nossas necessidades. É o elemento que falta em tudo que fazemos.” — DEEPAK CHOPRA, autor de As sete leis espirituais do sucesso.
Comunicação Não violenta
A comunicação não violenta ou CNV foi desenvolvida pelo psicólogo Marshall Rosenberg. A CNV nos mostra que muitos dos conflitos que enfrentamos com outras pessoas está mais alinhado de como expomos as nossas ideias e como recebemos as ideias dos outros ( porque na maioria das vezes também possuem comunicação violenta) por divergências de opinião, esta técnica nos torna mais conscientes dos nossos sentimentos, necessidades e muda completamente a forma como nos expressamos, além de promover uma mudança em nossos pensamentos.
Entender que todos nós também nos comunicamos de forma violenta é o maior passo para implantarmos essa técnica. Assim melhorarmos a qualidade das nossas relações ao aplicarmos a CNV. Toda vez que somos debochados, sarcásticos e tratamos alguém com desprezo estamos praticando uma violência passiva e gera no outro o mesmo tipo de comunicação, facilitando o desentendimento e não nos fazemos entender e nos fechamos para as necessidades do outro.
Técnica da CNV:
1 – Observar sem julgamento:
O primeiro passo é ouvir de forma atenda o que o outro está dizendo sem que façamos julgamentos, talvez seja a parte mais difícil visto que o nosso cérebro precisa classificar atendendo as nossas necessidades de bom ou mal, mas aqui precisamos estar atentos, observar o que é dito sem julgamento. Quando julgamos o outro na mesma hora é criado uma resistência fazendo-o entrar em defensiva, bloqueando assim o estabelecimento de uma conexão.
Exemplo do que nunca devemos dizer:
– Você é muito bagunceiro.
– Nada contra, mas ele sempre faz esse tipo de coisa.
2 – Identificar os sentimentos:
Nem sempre é fácil expressarmos ou entendermos o que estamos sentindo, assim como, observar os sentimentos envolvidos na fala do outro e qual sentimento tenho em determinada situação. Nós não fomos treinados para reconhecer uma emoção e nomeá-las, na verdade todo o tempo somos ensinados a separar as emoções. Temos que ter inteligência emocional jargão muito utilizado e que se interpretado de forma robótica nos afasta das pessoas e não nos deixa estabelecer relações profundas e de qualidade. O que precisamos entender é que todos nós temos necessidades e somos da mesma matéria. Para por em prática essa ação é preciso ter consciência que devemos permitir estarmos vulneráveis.
3 – Reconhecer e assumir as necessidades:
Rosenberg acreditava que a violência surge por necessidades não atendidas, uma espécie de recurso usado para que obriguemos ou sejamos obrigados a atender tais necessidades.
Então, reconhecer quais necessidade foram geradas em decorrência ao que sentimos é parte importante nesse processo. Me sinto frustrado, qual necessidade não foi atendida? É Nesse momento precisamos ter responsabilidade pelos nossos sentimentos. Precisamos ter empatia para a construção de uma comunicação eficaz.
Exemplo da CNV: Você me decepcionou porque não apareceu ontem…
4 – Pedido
O pedido de mudança, após ter sido empático e de reconhecer as necessidades e sentimentos envolvidos, precisamos realizar o pedido, que seja objetivo utilizando palavras positivas e deixando claro aquilo que você quer ou não quer sem que deixe para que o outro adivinhe.Temos que entender que é um pedido e não uma exigência, exigir faz com que em muitos casos que o outro crie resistência para atender a que se precisa mudar.
Exemplo:
Ao vez invés de dizer: Você nunca faz os trabalhos em grupo.
Na CNV ficaria assim: Gostaria que você fizesse as coisas conforme o combinado e se não puder fazer, pelo menos que avise o grupo para te darmos uma força.
Observe, o pedido é claro e objetivo, sem julgamento de valor.
Conclusão
Quando tive contato com a comunicação não violenta fiquei encantando com a técnica. Confesso que não é tão fácil no primeiro momento, porém a sua prática pode prover uma mudança cognitiva facilitando nossas vidas e de todos a nossa volta me fez sentir como ensinamentos espirituais fossem traduzidos em uma técnica de comunicação.
Se quiserem saber mais a respeito da CNV, recomento o Livro “Comunicação Não violenta de Marshall Rosenberg. Aproveito e deixo aqui embaixo o vídeo para que vejam exemplos práticos dessa ferramenta poderosa.
Matéria escrita por Jadson Campos.
Instagram: @jadsoncampos.
2 COMENTARIOS
Muito positivo e útil o artigo sobre comunicação não violenta. Gostei muito!
Maravilhoso, a Claudinha arrasa! <3